Formação promovida pelo MedhTO e iCS trouxe diagnósticos, denúncias e propostas para enfrentar impactos ambientais em Palmas e no estado
O Movimento Estadual de Direitos Humanos e Ambientais do Tocantins (MedhTO), em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (iCS), concluiu mais uma etapa do curso “Direitos Humanos e Mudanças Climáticas”, que ao longo de cinco módulos reuniu ativistas, defensores dos direitos humanos, educadores e comunidade em geral. A iniciativa consolidou-se como espaço de formação cidadã e de fortalecimento das lutas socioambientais no estado.
Com o tema “Impactos ambientais em Palmas e no Tocantins”, o terceiro módulo contou com a participação do Promotor de Justiça da área Ambiental, Dr. Jorge José Maria Neto, e da advogada do MedhTO, Fátima Dourado. Os debates trouxeram dados preocupantes sobre a gestão de resíduos sólidos, o avanço do desmatamento e os efeitos da urbanização desordenada na capital, além dos impactos das mudanças climáticas sobre comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas.
Entre os destaques das discussões, esteve a denúncia de que Palmas ainda não implantou efetivamente a coleta seletiva, mesmo com leis e planos elaborados há anos. Outro ponto crítico foi o avanço do agronegócio sobre áreas de preservação, comprometendo nascentes que abastecem a capital. Para os participantes, a defesa da água e a preservação da biodiversidade do Cerrado são pautas urgentes que exigem maior fiscalização e políticas públicas efetivas.
O curso também deu visibilidade a experiências positivas, como projetos de agroecologia, reflorestamento com espécies nativas e iniciativas de turismo comunitário em áreas de proteção. “Conhecer é o primeiro passo para cuidar”, destacou a educadora Noeli Maria Sturm, integrante da Associação Água Doce, durante o segundo módulo.
A coordenadora estadual do MedhTO, Maria Vanir Ilídio, ressaltou a relevância do processo formativo. “A temática é urgente e deve mobilizar a sociedade em torno da defesa da nossa casa comum. Precisamos compreender os problemas ambientais e, juntos, buscar soluções efetivas. Justiça climática é também justiça social.”
O curso foi estruturado em cinco módulos: Plano Diretor de Palmas e meio ambiente; Água e unidades de conservação; Resíduos sólidos e coleta seletiva; Campanha em Defesa das Águas; e Impactos das Mudanças Climáticas na Bacia do Rio Formoso. As aulas foram transmitidas pelo YouTube do MedhTO.
Ao final da formação, os participantes apresentaram resenhas críticas sobre cada módulo, consolidando o aprendizado em propostas práticas para a defesa socioambiental. Para o MedhTO, a iniciativa fortalece lideranças locais e amplia a consciência coletiva sobre os desafios ambientais do Tocantins.
Segue os links de algumas resenhas apresentadas.