A programação faz parte da disciplina de Ética e Direitos Humanos, ministrada pela professora doutora Carmen Adsuara, em conjunto com os acadêmicos do 7º período de Pedagogia.
Fruto da parceria entre o Câmpus Araguatins da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e os movimentos sociais regionais, o I Encontro de Direitos Humanos e Movimentos Sociais do Bico do Papagaio e Territórios Confluentes e II Seminário Tocantins, Pará e Maranhão sobre impactos da Hidrovia Araguaia/Tocantins reunirá comunidade interna e externa da região nos dias 30 e 31 de maio. A programação ocorrerá na Comunidade Quilombola Ilha de São Vicente e no Câmpus Araguatins.
O evento faz parte da ementa da disciplina de Ética e Direitos Humanos, ministrada pela professora doutora Carmen Adsuara, em conjunto com os acadêmicos do 7º período do curso de Pedagogia. As inscrições gratuitas podem ser feitas por meio do link. Entre os principais temas abordados estão os impactos da construção da Hidrovia Araguaia/Tocantins, um projeto de infraestrutura hidroviária que está em fase de planejamento e implantação. Idealizado como um importante corredor de transporte nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, a hidrovia pretende interligar, por meio dos rios Araguaia e Tocantins, áreas produtoras de grãos como soja, milho e arroz a portos estratégicos da região Norte, especialmente o Porto de Vila do Conde, no estado do Pará.
Durante o evento, serão realizadas rodas de conversa com lideranças da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Associação Negra Cor de Araguaína (Anca) , Conselho da Mulher e Centro de Direitos Humanos de Araguaína (CDHA), Movimento Estadual de Direitos Humanos (MEDH), Movimento dos Atingidos por Barragem (Mab/TO), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (Miqcb), liderança indígena e militante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (Mam/PA), Conselho Estadual de Promoção de Igualdade Racial (Cepir/TO), Conselho Indigenista Missionário (Cimi GO/TO), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM/TO), representantes do Ministério Público, Defensoria Pública e outras instituições.
“O evento é fruto de uma parceria entre Unitins, especialmente por meio do curso de Pedagogia e do Câmpus de Araguatins, com os movimentos sociais. A partir das possibilidades de trabalho com a ementa da disciplina de Ética e Direitos Humanos, entrei em contato com a Pastoral da Terra, o MEDH e com o MAB Araguaia/Tocantins sobre a possibilidade de realizarmos um seminário para discutir a construção da hidrovia, um tema muito relevante para nossa região. Assim, soube pela coordenadora do MEDH, Maria Vanir, que havia uma previsão de evento sobre a temática, a ser concretizado no Bico do Papagaio e que poderíamos verificar a possibilidade de juntar as ideias. A partir dessa rede de diálogos, nasceu a proposta do encontro, os professores Rafael Furtado e Dimas Henrique também contribuíram nas sugestões, foi tudo coletivo. O restante da organização foi pensado e colocado em prática pela turma do 7º período, pois se trata de uma disciplina de curricularização da extensão, com metodologia participativa e transformadora. É muito importante dizer que além do apoio interno da universidade, para que o evento seja promovido da melhor maneira possível, também contamos com o apoio financeiro do MEDH, da CPT e do Miqcb, que está fazendo toda a diferença para a totalidade do evento”, explicou a professora Carmen Adsuara.
De acordo com o diretor do Câmpus Araguatins, Sérgio Mendes, o evento é uma oportunidade para aumentar a parceria da instituição com a comunidade externa. “A realização do encontro reforça o papel transformador da universidade pública em diálogo com os territórios e saberes tradicionais. Este evento é um marco importante para o Câmpus Araguatins, pois conecta ensino, pesquisa e extensão com as lutas sociais e ambientais que atravessam a nossa região. É motivo de grande satisfação ver nossos estudantes, professores e parceiros sociais construindo, de forma colaborativa, um espaço plural de escuta, reflexão e protagonismo coletivo”.
Acesse a programção completa aqui.
Texto de CYARLA BARBOSA NASCIMENTO – Unitins/ Araguatins
