Entre seminários, denúncias e projetos educativos, o Movimento Estadual de Direitos Humanos e Ambientais no Tocantins (MEDHTO) fortaleceu a voz de comunidades tradicionais, ribeirinhas, quilombolas e jovens educadores ambientais entre agosto de 2024 e junho de 2025.
No combate as injustiças, o MedhTO intensifica ações estratégicas e mobilizações que reforçam o compromisso da entidade com direitos humanos e preservação ambiental. Entre as iniciativas, destaca-se o Coletivo Jovens Educadores Ambientais (CJEA), que capacitou adolescentes e jovens em educação ambiental, estimulando o protagonismo juvenil na defesa de rios, cerrados e unidades de conservação.
Em abril, o seminário Direitos Humanos e Segurança Pública em Palmas trouxe à tona o documentário Quem matou os filhos de Miracema?, produzido em parceria com a UFT, que expõe a tragédia ocorrida em fevereiro de 2022 e questiona a impunidade policial. A exibição foi seguida por debate com mães e viúvas das vítimas, reforçando a atuação do MEDHTO em denunciar violações e lutar por justiça.
No âmbito ambiental, o movimento fortaleceu sua atuação em defesa do rio Taquaruçu e da APA Serra do Lajeado, articulando com entidades parceiras e representantes municipais para denunciar degradação ambiental, escassez de água potável e impactos do uso indevido das áreas de preservação.
O MEDHTO também atuou em prol de comunidades quilombolas e rurais. Entre dezembro de 2024 e 2025, denunciou invasões e ameaças à comunidade Ilha de São Vicente, em Araguatins, e violências durante despejos de famílias do MST na Fazenda Carmo, em Porto Nacional, solicitando atuação urgente do Ministério Público.
No combate a grandes projetos econômicos que ameaçam ecossistemas e comunidades, o seminário “Não à Hidrovia Araguaia-Tocantins por Justiça Climática” reuniu lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas e especialistas, denunciando impactos ambientais, sociais e culturais da hidrovia e propondo recomendações aos órgãos competentes.
O MEDHTO também avançou na educação ambiental, promovendo cursos sobre direitos ambientais e mudanças climáticas, abordando temas como racismo ambiental e participação social, e realizou atividades em datas simbólicas como o Dia da Amazônia, reafirmando a importância da preservação do bioma e da responsabilidade coletiva.
A coordenadora do MEDHTO, Maria Vanir Ilídio, reforça: “Nossa atuação vai desde denúncia, educação e mobilização social. Trabalhamos para que os direitos humanos e a preservação ambiental avancem de forma integrada, garantindo que comunidades tradicionais, jovens e toda a sociedade tenham voz e proteção”.