Formação busca conscientizar a população sobre os efeitos das mudanças climáticas e fortalecer ações em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos
Na última segunda-feira (13), o Movimento Estadual de Direitos Humanos do Tocantins (MEDHTO) realizou, pelo YouTube, mais uma aula do curso online “Direitos Humanos e Mudanças Climáticas”. A formação, voltada para associados do MEDH, estudantes universitários e interessados no tema, chegou à sua terceira turma e tem como objetivo fortalecer lideranças sociais e promover a conscientização ambiental.
A aula inaugural do terceiro módulo contou com a participação da advogada Fátima Dourado, integrante do Centro de Direitos Humanos de Palmas. Ela apresentou um diagnóstico detalhado sobre os principais problemas ambientais da capital tocantinense, resultado de um estudo realizado em 2022 com base em relatórios do Plano Diretor do município. “Mesmo com leis e programas criados há anos, como o plano municipal de resíduos sólidos, Palmas ainda não implantou uma coleta seletiva efetiva”, ressaltou Fátima.
Outro ponto crítico debatido foi o processo de urbanização desordenado, que empurra a população de baixa renda para áreas periféricas e com infraestrutura precária. A palestrante também chamou atenção para os impactos das mudanças climáticas sobre populações vulneráveis, como comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, e destacou a importância da justiça climática no enfrentamento dessas desigualdades.
O curso, dividido em módulos, terá continuidade com debates sobre os temas que estão dividido em: 1º – Módulo – Introdução e apresentação do relatório do plano diretor de Palmas relacionado ao meio ambiente; 2º – Água e unidades de conservação em Palmas; 3º – Resíduos sólidos e coleta seletiva em Palmas; 4º – Campanha em Defesa das Águas; 5º – ‘Impactos das Mudanças Climáticas na Bacia do Rio Formoso. O conteúdo é acessível pela plataforma YouTube do MEDHTO e as atividades complementares são realizadas via Google Classroom.
Além de disseminar conhecimento, o curso contribui para conscientização popular na construção de políticas públicas ambientais mais justas e inclusivas. “Precisamos garantir que todos tenham acesso aos recursos naturais e à qualidade de vida, com dignidade e segurança”, finalizou Fátima Dourado.