Evento reúne movimentos sociais, pesquisadores e comunidades tradicionais nos dias 6 e 7 de junho na UFNT com o Procurador da República, Mário Lúcio Avelar.
O Movimento Estadual de Direitos Humanos e Ambientais no Tocantins (MedhTO) em parceria com o Centro de Direitos Humanos de Araguaina (CDHA) realizam nos dias 6 e 7 de junho, sua Assembleia Geral Ordinária com seminário voltado ao fortalecimento da luta socioambiental. O evento acontecerá no Câmpus da Universidade Federal do Norte do Tocantins, em Araguaína, com abertura na sexta-feira, 06, às 19h, e segue no sábado, 07, o dia todo.
Durante a Assembleia Geral será feita a apresentação do Projeto PROVITA, desenvolvido pelo Governo Federal, que oferece apoio direto à proteção de defensores e testemunhas ameaçadas. O programa inclui medidas como transferência de território, custeio de aluguel, auxílio alimentação, transporte e acesso seguro às políticas públicas.
Além disso, os participantes discutirão a organização do processo eleitoral da entidade, com previsão de escolha da nova coordenação em dezembro de 2025.
A coordenadora do MedhTO, Maria Vanir Ilídio, fala das ações da entidade. “Este seminário, dentro da nossa Assembleia Geral, representa a força coletiva da luta socioambiental no Tocantins. Estamos encerrando o primeiro semestre de 2025 com ações concretas de mobilização, formação e articulação entre movimentos sociais, comunidades tradicionais e instituições parceiras. O compromisso do MedhTO é seguir promovendo espaços como este, que reforçam a defesa da vida, da terra e dos direitos dos povos historicamente marginalizados. Seguiremos firmes na construção de alternativas sustentáveis e justas para o nosso território.”
Seminário
Coordenado pelo Centro de Direitos Humanos de Araguaina (CDHA), o Seminário tem o tema ‘Direitos Ambientais e Justiça Climática: Cultivando práticas alternativas pela defesa da vida e da Terra’. Interessados podem fazer inscrições pelo link Even3 .
Palestrantes irão ministrar temáticas sobre a conjuntura ambiental, experiências de resistência popular, racismo ambiental e práticas agroecológicas. Podem participar os membros das 17 entidades associadas ao MedhTO e comunidade em geral.
Para o professor do Colégio Guaraí e da Faculdade Guaraí, que também é militante do CDHA, Dhiogo Thomaz Costa Lobato, explica que o objetivo do seminário é promover um espaço de diálogo, reflexão e troca de saberes entre pesquisadores/as, lideranças sociais, estudantes e demais participantes, a fim de aprofundar o debate sobre os direitos ambientais, conflitos e dinâmicas territoriais e as resistências populares frente aos processos de exclusão e desigualdade.
Ele ressalta que o seminário visa também “fortalecer redes de pesquisa e articulação que contribuam com a construção de conhecimentos comprometidos com a justiça social, a valorização dos povos do campo, das águas e das florestas, e a defesa de modos de vida ameaçados no estado do Tocantins”, disse o professor Dhiogo Thomaz.
A iniciativa conta com o apoio do Fundo Brasil e do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Saberes e Práticas Agroecológicas (Neuza/UFNT).
Programação
Sexta-feira – 06/06
- 19h – Acolhida
- 19h15 – Análise da conjuntura da política ambiental do Tocantins – Wilson
- 19h45 – Impactos socioambientais da Hidrovia Araguaia-Tocantins- Mário Lúcio Avelar (Procurador da República)
- 20h40 – Saberes tradicionais e medicina popular – Mulheres raizeiras (Quilombo Dona Juscelina)
- 21h15 – Oficina: Produção de remédios naturais
Sábado – 07/06
- 8h30 – Acolhida com mística
- 9h – Roda de conversa: Racismo ambiental e a expansão do agronegócio- Bianca Silva (Assistente Social e Diretora Estadual de Políticas para Promoção da Igualdade Racial) e Dhiogo Thomaz (Coordenador Geral do Centro de Direitos Humanos de Araguaína)
- 10h – Oficina: Biofertilizantes e compostagem- – Eduardo Santana (Comissão Pastoral da Terra – Araguaia-Tocantins)
- Oficina: Produção de remédios – Maria do Nascimento (Centro de Direitos Humanos de Araguaína)
- 11h – Encerramento do seminário
