Os jovens do CJEA vivenciaram experiência única em prol da justiça social e ambiental.
Visando a integração entre jovens urbanos e a juventude rural, com atividades voltadas à formação, cultura e troca de experiências, o Coletivo Jovens Educadores Ambientais (CJEA), projeto do Movimento dos Direitos Humanos e Ambientais no Tocantins (MEDHTO), participaram de oficinas no Acampamento estadual ‘Por Terra e Pela Vida’, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A ação aconteceu das 8h às 17h, em frente à Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em Palmas (TO).
A iniciativa reforça o compromisso do coletivo com a educação ambiental crítica e participativa, aproximando diferentes juventudes e fortalecendo os laços entre campo e cidade na defesa da vida, da terra e da natureza. E ainda o fortalecimento da luta pela reforma agrária.
Durante a programação, os integrantes do Coletivo participaram ativamente de duas oficinas. Na oficina de artesanato, com Jorge Lima, aprenderam a produzir objetos com palha de coco, valorizando saberes tradicionais. Já na oficina de agroecologia, ministrada por Pedro Gonçalves, foram discutidas práticas sustentáveis de cultivo e o papel da juventude na construção de uma agricultura ecológica e socialmente justa.

A ação também contou com uma roda de conversa sobre a questão da reforma agrária, onde jovens do campo e da cidade refletiram sobre o acesso à terra, soberania alimentar e os desafios enfrentados pelos trabalhadores rurais. O diálogo fortaleceu a importância da união entre diferentes territórios e realidades na defesa de direitos e na construção de um futuro mais justo.

A participação do Coletivo Jovem Educadores Ambientais intensifica o engajamento com a educação popular, o meio ambiente e a articulação entre juventudes. A vivência no acampamento do MST se tornou um espaço de aprendizado e incentivo à ação coletiva em prol da justiça social e ambiental.
Para a coordenadora estadual do MST, Joice Silva Santos, “a gente precisa compreender que não existe agroecologia, não se produz agroecologicamente com relações doentes, né? Então, a agroecologia, sem a parte política, vira jardinagem”, afirmou.
Para David Lima, integrante do Coletivo Jovens Educadores Ambientais, “o uso de agrotóxicos nas plantações é um tema muito importante, porque esses produtos tornam os alimentos tóxicos e, com o tempo, podem nos adoecer. Muitas vezes, ao irmos ao mercado, escolhemos o tomate mais bonito, mais lisinho, mas esquecemos de refletir que, se até os insetos evitaram aquele fruto, é porque ele está carregado de agrotóxicos. O ideal seria valorizarmos alimentos mais naturais ou, melhor ainda, termos nossa própria horta, produzindo o que consumimos em casa”.